Com a aposta crescente em veículos elétricos, cada vez mais é importante desenvolver tecnologia para os mesmos. Apesar de se voltar a falar neste tipo de veículos, a criação destes não é recente, os primeiros veículos elétricos foram desenvolvidos na Europa, (França e Inglaterra), por meados do séc. XIX [1]. No início do século XX, os veículos elétricos foram detentores de recordes de velocidade e de autonomia. Foi também neste século que se deu a maior revolução da indústria automóvel, mas a favor dos veículos a combustão de energias fosseis. Até aqui havia maior procura por veículos elétricos pelo facto de serem mais fáceis de conduzir, pela ausência de caixa de velocidades, menos poluentes, mais silenciosos e económicos em termos de manutenção, mas as dificuldades em termos de autonomia já eram evidenciadas naquela época, o que facilitou a concorrência com o veículo de combustão interna, ainda no século XX [1]. O aperfeiçoamento das estradas e a descoberta de petróleo nos E.U.A. (Estados Unidos da América) contribuíram para o declínio do veículo elétrico, contrastando com a rápida conquista de mercado do veículo de combustão interna. Além deste último custar cerca de três vezes menos, também era mais rápido de se construir face ao seu concorrente [2].

O desaparecimento do veículo elétrico privado deu-se por volta de 1930, reaparecendo nas décadas de 60 e 70 com a crise do petróleo e a consequente necessidade de encontrar alternativas ao uso de combustíveis fosseis. A evolução até aos dias de hoje tem sido persistente. Com a introdução de políticas para um desenvolvimento sustentável à escala global e de políticas internacionais para, a redução de emissões de gases com efeito estufa, têm incentivado o reaparecimento dos veículos elétricos [2].

Esta dissertação tem por objetivo o estudo pormenorizado e desenvolvimento de inversores e sistemas de controlo para motores elétricos (especificamente para o motor de indução), que possam ser aplicados em veículos elétricos.