À medida que a tecnologia na indústria automóvel tem evoluído, o número de ECUs (Unidade de Controlo Eletrónico) dentro de cada veículo tem seguido essa tendência e aumentado também, chegando por vezes a centena de unidades. Este aumento do número de unidades leva ao aumento da complexidade do sistema, que precisa de gerir todos os recursos utilizando um sistema operativo. Tipicamente, são utilizados dois sistemas operativos nos veículos: um dedicado para a gestão das componentes críticas do veículo, outro para as funções não críticas do sistema, como por exemplo, os ecrãs da consola central do mesmo. Para o desenvolvimento destes sistemas, é de extrema importância que a parte crítica do veículo opere dentro de determinadas restrições temporais.
Acontece que ao utilizar todos estes ECUs e um sistema operativo para os gerir, existe um aumento da pressão sobre o sistema, para que este consiga cumprir todas as restrições temporais. Uma das formas de lidar com esta pressão está ligada a criação de aceleradores em hardware, desenvolvidos especificamente para realizar determinadas funções que seriam tipicamente realizadas pelo sistema operativo em software. Este offload de módulos do sistema operativo para hardware leva a um aumento do determinismo e uma diminuição da latência do sistema, contribuindo para um aumento da previsibilidade da execução do mesmo.