A nível mundial existe uma alteração de paradigma na produção e transporte de energia elétrica. A maior preocupação com o meio ambiente, a crise económica e fatores políticos contribuem para esta mudança, de forma a diminuir a dependência da sociedade dos combustíveis fosseis, assistindo-se a uma aposta em energias renováveis, principalmente a solar e eólica, e em transportes elétricos.

Nesse sentido surgem as Smart Grids ou redes inteligentes, que segundo o EPRI (Electric Power Research Institute), são redes que incorporam tecnologias de informação e comunicação em todos os aspetos de geração, transporte e consumo de eletricidade de forma a minimizar o impacto ambiental, melhorar os mercados, melhorar o serviço e a sua confiabilidade, reduzir custos e aumentar a eficiência energética.

Esta dissertação aborda a gestão da energia de uma habitação, tendo como constituintes pelo menos um veículo elétrico (EV), um painel fotovoltaico (PV) e bateria de armazenamento de energia além do eletrodomésticos normais, através do conceito de casas inteligentes.

Com medidores inteligentes (smart meters) e sistemas de gestão de energia, HEMS (Home Energy Management System), existe a possibilidade de uma comunicação bidirecional entre o fornecedor e o consumidor, além da comunicação entre os dispositivos domésticos que estão interligados entre si, na chamada internet das coisas. Com isto é possível monitorizar, gerir e controlar a energia produzida e consumida, definir estratégias de consumo, reduzir custos e aumentar a eficiência.

Será feito um estudo do que já existe nesta área, assim como o seu funcionamento, com o objetivo de revelar as suas vantagens, tanto ambientais como económicas, para as casas que possuem um sistema de gestão de energia, em comparação com casas sem este sistema inteligente.