A introdução de sistemas baseados em IoT (Internet of Things) tem vindo a revolucionar o mundo tecnológico, sendo cada vez mais utilizados em diversos projetos de grande dimensão. As IoT oferecem a possibilidade de vários dispositivos equipados com diversos sensores (end-devices), com o intuito de recolher informação acerca do ambiente em que estão enquadrados, que se encontraram conectados a um sistema central capaz de analisar os dados recebidos por parte destes pequenos nós sensoriais e posteriormente acionar medidas consoante o resultado obtido.

Devido aos dados coletados pelos sensores possuírem informação privilegiada e destes se encontrarem em lugares estratégicos, cria a necessidade da criação de um protocolo de comunicação que permita a transmissão segura e eficiente, uma vez que devido ao número crescente de sensores existe um elevado trafego de dados dentro da rede.

Ao longo dos últimos anos, Portugal não tem vindo a conseguir travar os incêndios florestais, seja relativo ao número de ocorrências como na dimensão de área ardida, sobretudo durante o período estival, quando dominam as temperaturas elevadas, tal como ventos fortes e humidade. Também existe o fator humano sendo a causa de cerca de 90% dos incêndios.

Estes fatores aumentam a probabilidade de ocorrência de perdas humanas e de destruição de infraestruturas, elevando os custos financeiros que ultrapassam em larga escala os gastos que se teriam com a prevenção atempada dos incêndios. Assim surge a necessidade da criação de um sistema de vigilância capaz de detetar de forma precisa e antecipada indícios de incêndios. Através da utilização de uma rede LPWA equipada com sensores adequados à situação em causa, juntamente com uma comunicação segura e eficiente, onde a informação obtida por parte destes será analisada de forma precisa de modo a determinar a existência de incêndios na área florestal em causa.