O número de acidentes rodoviários em Portugal tem vindo a diminuir desde o início do século XXI, mas atualmente, o número de acidentes por ano é muito elevado, que segundo a base de Dados de Portugal Contemporâneo, são cerca de 30 mil acidentes com vitimas anuais e, apesar de todo o esforço colocado na prevenção, é necessário tomar medidas aquando da ocorrência destes.
Nas autoestradas, um dos métodos para a deteção de acidentes é a utilização de sistemas de captações de imagens posteriormente enviadas para um operador que as analisará. Atualmente já existem sistemas capazes de processar essas imagens e automaticamente informar a empresa responsável por determinada autoestrada que por sua vez tomará medidas. A rápida resposta ao acidente poderá ser a diferença entre a vida e morte. As "redes de sensores sem fios" poderão ser aplicadas nas autoestradas e, aquando do acidente, enviam informações para um operador para que sejam tomadas medidas de emergência o mais rapidamente possível, podendo também alertar os automobilistas através dos painéis da autoestrada. Desta forma, é possível minimizar as consequências do acidente ocorrido. A criação de dispositivos de pequena dimensão com capacidade de comunicação e com baixo consumo de energia já é uma realidade, proporcionando a utilização das redes de sensores sem fios (WSN).
As WSN são compostas por nós associados a sensores que recolhem informações sobre o ambiente em que se encontram inseridas, enviando-as para um coordenador, um dispositivo capaz de se ligar à internet, podendo este colocar esses dados numa cloud.
Nesta dissertação pretende-se implementar um sistema de deteção de colisões nos rails da autoestrada utilizando o sistema operativo Contiki. Para tornar o sistema funcional é necessário criar vários nós, sendo que em que cada um terá um acelerómetro associado. Quando ocorrer um acidente no "rail", o acelerómetro detetará uma variação brusca sendo esta transmitida para o coordenador.
Pretende-se desenvolver a rede composta por coordenador e nós de sensores associados. O coordenador guarda as informações recebidas, em memória local ou enviá-las para uma cloud.
Os nós ficarão dispostos pelo rail e terão de ser alimentados autonomamente. Como tal, é uma necessidade que estes tenham um baixo consumo de energia.